Soneto de Sonetos - VI
Tantas lágrimas de tanto chorar,
Brotando de olhos que são feridos,
Por facas e flechas tão atingidos:
Por triste fado sem clemenciar;
Laços que quebram com o ressoar
Desses ttraídos corações partidos,
Amores tão duramente esquecidos,
Ou mortes que a vida faz assolar.
Facas e sangue gravando versos;
Tinta de choro troveja poemas;
Nuvens choram tantos choros dispersos
Por páginas de palavras selenas,
Estrofes d'obscuros corações imensos:
Memórias de noite, dor e dilemas.
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